Théâtre du Rugissant França 
Dans l’oeil du Judas 

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Principal 
11 e 12 de Maio às 21h (Sexta e Sábado)

Encenação: Arnaud Vidal Actores-manipuladores: Stéphane Boireau, Laurent Cabrol, Elsa De Witte, Tamara Incekara, Cathy Chioetto Músicos: Natacha Muet, Arnaud Vidal Desenho de luz: Fabien Viviani, Jean-Louis Portail Desenho de som: Francis Lopez Direcção de cena: Damien Molon Música: Natacha Muet Cenografia: Arnaud Vidal, Stéphane Boireau, assistidos por Isabelle Bouvier, Gilles Raynaud, Laurent Cabrol, Elsa de Witte, Benoît Afnaïm, Achil Bras, Koik Marionetas: Steffie Bayer assistida por Tamara Incekara, Einat Landais, Anaïs Durin Figurinos: Elsa de Witte assistida por Laurette Picheret Fotografia: Vincent Muteau Co-produção: Théâtre du Rugissant - Ville de Graulhet - L’Athanor, SN d’Albi - L’Atelier 231, Centre National des Arts de la Rue - Théâtre Le Passage, Centre de création artistique de Fécamp - Tréteaux de France, CDN Técnica: Manipulação à vista Idioma: Francês e português Duração: 75 min. Público-alvo: M/10

Os mecanismos do racismo vistos à lupa pelo Théâtre du Rugissant em Dans l’oeil du Judas*!

O Théâtre du Rugissant concebeu uma incrível cenografia em forma de olho que coloca em palco um castelet de marionetas gigantesco, que revela o prédio onde cresceu Giacomo, um rapaz muito especial.

O velho Giacomo vai morrer. De noite, as figuras do passado vêm povoar a sua solidão e surgem as recordações. O drama que viveu em criança e que nunca deixou de atormentar a sua memória.

Podemos observar seis apartamentos que lembram uma casa de bonecas. De um andar para o outro, é toda uma galeria de retratos que se revela, um microcosmos de uma cidade… um elevador, o inevitável casal de porteiros e a sua má-língua, crianças barulhentas, maridos ciumentos, solidão, desconfiança… Um universo simultaneamente trágico e cómico aliado ao tempo mágico da infância e dos juramentos eternos.

A chegada de um novo inquilino estrangeiro, Olgerson, com a sua filha, Natalia, que encanta o coração de Giacomo, vem modificar e baralhar tudo. A sua discrição, o seu sotaque, a sua aparente angústia, tudo provoca a curiosidade doentia dos vizinhos. Surgem rumores de suspeita em corredores, guiados por alguns espíritos verdadeiramente malignos e todos irão imaginar um ignóbil plano para lhe darem um golpe fatal e, depois, a tragédia.

Uma criação colectiva que consiste numa parábola sobre o racismo, o rumor e os amores perdidos, onde veremos como pessoas comuns se podem transformar em autênticos carrascos ou assassinos sem escrúpulos, se estiverem sob o efeito de grupos ou multidões.

Um espectáculo com música ao vivo e marionetas fantásticas primorosamente manipuladas que será um verdadeiro deleite para os nossos olhos… absolutamente imperdível!

*Judas significa em francês a traição ou o traidor, mas também o óculo de uma porta, assim, o título pode ser entendido como o olho da traição…

“Um prédio como tantos outros. Com o seu lote de personagens pitorescas… onde os piores instintos surgem com a chegada de um estrangeiro. Sem forçar a sua linha, mas com a beleza áspera destas marionetas (manipuladas à vista numa engenhosa cenografia em forma de olho), o Théatre du Rugissant faz deste conto urbano a alegoria feroz do racismo comum, que chega a destruir os amores de infância numa implacável valsa com a morte. Um espectáculo fascinante, chocante, perturbador… quase a queimar a íris das nossas certezas”. - Thierry Voisin, Télérama
Théâtre du Rugissant 3 FIMFA Lx12©Vincent Muteau TheÃÅaÃÇtre du Rugissant Albi 2010Dans l'oeil du Judas / Albi 2010 TheÃÅaÃÇtre du Rugissant Albi 2010Dans l'oeil du Judas / Albi 2010
Théâtre du Rugissant 4 FIMFA Lx12©Vincent Muteau TheÃÅaÃÇtre du Rugissant Albi 2010Dans l'oeil du Judas / Albi 2010

BIO
No Théâtre du Rugissant os espectáculos criam-se de forma colectiva, onde cada um possui o seu papel, a sua especificidade. Em cada nova criação incluem vários suportes, no cruzamento de várias disciplinas artísticas, mas há sempre a presença indispensável da música ao vivo, através das composições de Natacha Muet, viagens incessantes entre o jogo do actor e a manipulação da marioneta, para além de um imaginário muito ligado ao cinema.
O Théâtre du Rugissant é fruto do encontro entre um actor e uma instrumentista e compositora, Arnaud Vidal e Natacha Muet. Ambos fizeram os seus estudos com Sophie Robert e Patrice Cuvelier, fundadores da Cie Babylone, que lhes transmitiram o seu amor pelo teatro. Em 1995, impulsionados por uma paixão comum pela opereta, cinema mudo e pela maquinaria tradicional do teatro, criaram a sua própria companhia, Quarantième Rugissant (Cinérama) e decidiram transformar a sua caravana num local de espectáculos, com o objectivo de reconstituir uma sala de cinema “à antiga”. Queriam compartilhar a sua paixão pelo teatro de feira do século passado, mas com a criação de histórias e músicas actuais.
Nesta primeira caravana nasceu Cinérama, le plus petit cinema du monde, um espectáculo em que projectavam curtas-metragens de cinema mudo, a preto e branco, que acompanhavam ao vivo com piano e percussão.
Seguem-se dois espectáculos criados com a Cie Babylone. La Tour (1997) e A Feu et à Sang! Grandeur et décadence d’un empire (2000). A caravana é então transformada na mais pequena sala de teatro do mundo.
Em Setembro de 2000, o Théâtre du Rugissant e a companhia de marionetas Chiffonières criam em conjunto La Peur au ventre, e, posteriormente, Bal des Fous (2005).
Em Agosto de 2003, o Théâtre du Rugissant implanta-se em Graulhet, numa antiga fábrica, para aí encontrar um local de vida e um espaço apropriado para a construção do seu projecto “Théâtre Voyageur et Démontable” e a criação do espectáculo Le Bal des Fous, em colaboração com a Cie des Chiffonnières. Por fim, como uma caixa mágica, a caravana do Cinérama evoluiu com as criações, aumentou de altura, de largura e de profundidade, até chegar à forma final de “Théâtre Voyageur et Démontable”, um verdadeiro teatro itinerante.
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