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Teatro de Ferro Portugal 
Ciclo M 1 [marioneta um]: M 1.1 e M 1.2

MUSEU DA MARIONETA 
17 de Maio às 21h30 (Quinta)

Ciclo M 1 [marioneta 1]

M 1 é uma forma abreviada para escrever Marioneta 1. Esta é uma designação que temos utilizado como referência ou anotação nas notas de encenação e outros registos manuscritos ou desenhados que nos acompanham nos ensaios.
M 1 é agora o nome da marioneta que irá protagonizar a solo estas duas criações.

CICLO M 1: M 1.1

Direcção e interpretação: Carla Veloso Música: Carlos Guedes Marionetas: Maria Jorge Vilaverde, Júlio Alves Fotografia de cena: Susana Neves Design gráfico: CATO Desenho de luz: Igor Gandra Operação de luz e som: Pedro Nabais Confecção do figurino da marioneta: Ana Maria Ferreira Co-produção: Festival Escrita na Paisagem Estrutura financiada por: Governo de Portugal / Secretário de Estado da Cultura - DGArtes Técnica: Mista Idioma: Português Duração: Aprox. 20 min. Público-alvo: M/12

Uma peça curta: formato libertador e paradoxal. A brevidade do estar em cena quer libertar o discurso, ao mesmo tempo remete-nos para uma forma de olhar, um pensamento para a acção ainda mais essencial.
Partindo do ponto em que me encontro (uma condição subjectiva), propus-me indagar sobre a natureza dos elementos disponíveis – eu e o meu corpo, ele ou o outro, a marioneta e a matéria que a enforma. O sujeito e o objecto (con)fundem-se.
Mulher e (Mari)oneta. A manipulação cria o sentido para a acção. Maria e o Menino, pietà ou fêmea protectora da sua cria – animam-se mutuamente neste ciclo sempre incompleto da co-existência simbólica.
A música adensa, expande e multiplica o espectro espacio-temporal. A manipulação do tempo é também matéria determinante na produção de sentido.
- Carla Veloso

CICLO M 1: M 1.2

Direcção: Teja Reba e Loup Abramovici Interpretação: Igor Gandra Marionetas: Maria Jorge Vilaverde, Júlio Alves Fotografia de cena: Susana Neves Design gráfico: CATO Desenho de luz: Teja Reba e Loup Abramovici Operação de luz e som: Pedro Nabais Confecção do figurino da marioneta: Ana Maria Ferreira, Carlota Gandra Co-produção: Festival Escrita na Paisagem Estrutura financiada por: Governo de Portugal / Secretário de Estado da Cultura - DGArtes Técnica: Mista Idioma: Português Duração: Aprox. 20 min. Público-alvo: M/12

Após o fim do espectáculo, a marioneta fica pousada numa cadeira, algures nos bastidores. Põe-se a sonhar com o teatro. Que sonho será esse?
As possibilidades da marioneta são também as suas limitações. Igor recorre à identificação, à manipulação, e por fim à dança. No final, o manipulador deve converter-se na própria marioneta, ou melhor ainda, tornar-se naquilo que a marioneta metaforicamente foi validando ao longo da peça - a sua mortalidade.
- Teja Reba e Loup Abramovici

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BIO
O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado inicialmente como um rótulo para as criações de Igor Gandra e Carla Veloso, o projecto foi evoluindo gradualmente para a condição de estrutura profissional de criação.
A escolha deste nome - Teatro de Ferro - pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e ao mesmo tempo mutável: este processo de transformação continua a inspirar-nos.
O trabalho da Companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objectos. Concebemos a nossa prática numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras.
As relações, do corpo-intérprete com o objecto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF.
Os espectáculos realizados devem ser inscritos nas formas teatrais e dramatúrgicas que colocam a palavra num plano de igualdade em relação a outras linguagens. A promoção da dramaturgia contemporânea portuguesa é um traço caracterizador do projecto do TdF, pelo que a companhia tem trabalhado principalmente com textos originais de autores portugueses.
O TdF tem vindo a alcançar públicos heterogéneos. As parcerias improváveis, a procura de contextos alternativos aos circuitos das artes do espectáculo, a intensa actividade itinerante, a criação destinada aos mais jovens e os projectos de acção cultural são os seus gestos mais claros, afirmando assim este desejo plural de partilha.

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