Cia Pèlmanec1-FIMFA Lx12©Marta Vidanes
Compañía Pèlmanec Espanha 
Diagnóstico: Hamlet 

TEATRO NACIONAL D. MARIA II - Sala Estúdio 
18 e 19 de Maio às 21h15 (Sexta e Sábado)

Encenação: María Castillo Actor-manipulador: Miquel Gallardo Texto: Miquel Gallardo (inspirado na obra de Shakespeare) Desenho das marionetas: Aitor Herrero e Martí Doy Construção das marionetas: Martí Doy Cenografia: Xavier Erra Figurino: Rosa Soler Desenho de luz: Xavier Muñoz Desenho de som: Miquel Gallardo Vídeo: Marco Domenichetti Fotografias: Marta Vidanes Técnica: Manipulação à vista Idioma: Espanhol Duração: 70 min. Público-alvo: M/12

Quem quer ser Hamlet?

Poucos gostariam de trocar de vida com uma personagem de uma tragédia de Shakespeare. Geralmente não têm um fim invejável…

Max quer ser Hamlet. Quer que Shakespeare decida por ele, fale por ele, o liberte da sua dor e do seu medo, através das palavras de uma das suas personagens mais complexas e analisadas. Por isso, dia após dia, recria a ilusão da vida como um encenador, manipula e controla os seus pesadelos, como um marionetista. Mas o cérebro é perverso e enfrenta-nos mais tarde ou mais cedo com a grande verdade: a vida é incerteza.

Mas esta não é uma versão de Hamlet de Shakespeare, “estamos apenas com a personagem, as suas preocupações e o seu conflito interno”, como afirmou Miquel Gallardo e… com marionetas de tamanho humano e uma manipulação excelente.

Max Flaubert é um jovem de dezassete anos de idade que vive na cela de um hospital psiquiátrico, onde foi colocado após os acontecimentos ocorridos na sua vida alguns anos antes. Max viveu a traumática morte do pai e o casamento repentino da mãe com o tio. O desespero e a dor, combinados com a obsessão de que sofre a personagem de Hamlet da tragédia de Shakespeare, levam o jovem a culpar o tio do súbito desaparecimento do seu pai, provocando um comportamento hostil que acaba com a morte deste, depois de uma agressão do jovem.

O mais curioso é que se fizéssemos uma actualização do jovem príncipe da Dinamarca, sem dúvida que encontraríamos nos jovens hikikomoris da sociedade japonesa uma imagem bastante fiel dessa não acção.

Em Diagnóstico: Hamlet vamos poder ver marionetas deslumbrantes, com uma manipulação notável, em que um só actor-manipulador manipula a marioneta e esta, por sua vez, manipula o manipulador, descobrindo-se um jogo de interdependências e lealdades, onde os conflitos e as personagens adquirem uma força inusitada. A não perder!
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BIO
Miquel Gallardo formou-se como actor no Col·legi de Teatre de Barcelona, nos finais dos anos oitenta, com Berty Tobies, Boris Rotenstein e Jordi Messalles. Como actor, manipulador de marionetas e objectos, trabalhou durante cerca de dez anos com a Compañía Jordi Bertran, onde foi co-criador de espectáculos como “Poemes visuals”, e como actor-manipulador e encenador em “El Avaro” de Molière. Com estes espectáculos participou nos mais prestigiados festivais internacionais de teatro e de teatro de marionetas, por todo o mundo.
Em 2001 cria a sua própria companhia Tàbola Rassa, assumindo a produção do espectáculo “El Avaro” de Molière, com mais de 300 actuações em Espanha, França, Canadá, Itália, Brasil, Croácia e Portugal.
Em 2004 abandona a companhia para dedicar-se à televisão, onde trabalhou em vários programas de animação.
Em 2009 cria a Compañía Pelmànec e, inspirado no trabalho fantástico de Neville Tranter como actor-manipulador, cria o seu primeiro espectáculo a solo “Don Juan. Memoria amarga de mi”, pelo qual recebeu importantes prémios e reconhecimento do público e da crítica.

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