CINEMA

Filme Morreu o demo FIMFA Lx12_thumb[2]
Morreu o demo, acabou-se a peseta Espanha
GALERIA BOAVISTA 
19 de Maio às 18h (Sábado)


Documentário 84m, 2012 Idioma: Espanhol, sem legendagem
Realização: Pedro Solla Argumento: Marcelo Martínez, Pedro Solla (a partir de uma ideia original de Marcelo Martínez) Banda sonora: Bernardo Martínez Produção executiva: Comba Campoy, Marcelo Martínez Direcção de Produção: Comba Campoy Imagem: Cora Peña Assistente de realização: Comba Campoy Som: Javier Romo Juan, Roberto Domarco, Saúl García, Noemí Caraban, Mathias Rifkiss, Petr Bazel, Fabio Sorrentino, Rodolfo Ansede Segunda câmera: Francisco Piñeiro, Estela Cardalda Montagem: Cora Peña, Pedro Solla Pós-produção: Cora Peña Pós-
produção áudio:
Cristina Morquillas Intérpretes da banda sonora: Bernardo Martínez, Ramón Orencio Tradução do checo: Iva Svobodová, Enma Gutiérrez Castro Tradução do francês: Comba Campoy Tradução do inglês e italiano: Pedro Solla  Documentação e arquivos: Comba Campoy Legendagem: Comba Campoy Animações: Viravolta Títeres Apoios: Axencia Galega das Industrias Culturais, Televisión de Galicia Com: Tommaso Adorni, Aderita Argibay, José Argibay, Pilar Álvarez, Xulio Balado, Isabel Barros, Edeline Blangéro, Jaroslav Blecha, Rod Burnett, Cyril Bourgois, Thierry Chiffe, Purificación Cochón, Violetta Della Rocca, Agnés Diblasio, Glyn Edwards, Penny Francis, Gianluca Fusco, Anxo García, Salvatore Gatto, María Teresa González, Marco Grignani, Marie-Caroline Janand, Sara Henriques, Luís Iglesias, Luchi, Federica Lacomba, Bruno Leone, Lidia López, Mokhtar Maouaz, Morjane Mharak, Jean-Guy Mourguet, Pieirino Petriello, Angelo “O Capitano” Picone, Isabel Rey Pousada, Eduardo Rodríguez Cunha, Tatam, Jesús Rodríguez, Armindo Salgueiro, Marcelino de Santiago, Kukas, Alfonso Silvent, Juan Silvent, Daniel Streble, Jean Paul Tabey, Paz Tatay, Hana Václavíková, Irene Vecchia

Após a projecção do filme seguir-se-á uma conversa com Pedro Solla, realizador e autor do documentário.

“Esse é um lado muito bonito das marionetas. É o escultor puder fazer aquilo que os surrealistas diziam: materializar os nossos sonhos, e então a marioneta não é uma personagem, é o personagem, porque será sempre o mesmo para a eternidade”.
- João Paulo Seara Cardoso

Estreia de um documentário imperdível sobre a tradição europeia das marionetas de luva, a partir da figura de Barriga Verde, uma personagem do teatro de marionetas de luva criada no século passado por José Silvent Martínez (1890-1970), o qual terá aprendido os segredos desta arte no Porto, por volta de 1905, com um marionetista português e os populares Robertos…

Desde os anos dez do século XX e durante quase cinco décadas, uma família de marionetistas, os Silvent, ganhava a vida de feira em feira, com o seu espectáculo de marionetas. A estrela do espectáculo era uma marioneta de luva chamada Barriga Verde, a qual chegou a ser muito popular em toda a Galiza. No seu pavilhão “Melodías de España”, apresentavam o espectáculo de marionetas de Barriga Verde, que lembra o Pulcinella napolitano, o Punch inglês, o Kasper alemão e o nosso Dom Roberto.

Com o objectivo de restaurar a memória dos Silvent e a personagem que criaram, uma companhia de marionetistas decidiu construir uma réplica do antigo pavilhão e devolvê-lo aos caminhos itinerantes. Um encontro com a família Silvent, herdeira dos antigos marionetistas ambulantes e a visita da equipa deste documentário a vários marionetistas europeus, os quais entrevistou. Destacamos alguns dos que estarão presentes no FIMFA Lx12, como Rod Burnett ou a investigadora Penny Francis ou o realce ao trabalho de João Paulo Seara Cardoso, a quem o filme é dedicado, com imagens e entrevistas realizadas com Isabel Barros e Sara Henriques, durante os ensaios do “Teatro Dom Roberto”, que estreia no FIMFA.

Através da genealogia de Barriga Verde, este documentário leva-nos numa viagem internacional pela busca das raízes comuns do teatro popular de marionetas europeu. Sem o saber, este pequeno herói tinha um monte de primos por todo o continente…

*“Morreu o demo acabou-se a peseta”, era a frase com que José Silvent terminava os espectáculos que realizava no seu pavilhão.
Filme Morreu o demo Bruno Leone FIMFA Lx12_thumb[1] Filme Morreu o demo Rod Burnett FIMFA Lx12_thumb[1]

BIO
Pedro Solla (Pontevedra, Galiza, 1979), é jornalista, guionista e realizador. Dirigiu e escreveu os guiões das curtas-metragens "Os pocillos" e "Tanto tem". Trabalhou em comunicação digital e vídeo para a internet. Foi jornalista audiovisual no diário digital Vieiros, onde exerceu funções de realização, operador de câmera e de edição. Na actualidade é director de comunicação na ONG galega IGAXES, que trabalha com jovens em risco de exclusão social. "Morreu o demo, acabou-se a peseta" É a sua primeira longa-metragem.


Filme Pepe Otal3_FIMFA Lx12
Pepe Otal, el viaje infinito Espanha
GALERIA BOAVISTA 
20 de Maio às 18h (Domingo)


Documentário 61m, 2012 Idioma: Espanhol, sem legendagem
Realização e argumento: Pedro Nares Fotografia: Ernest F. Sala Montagem: Ramón García Bermúdez Produção: Pedro Ramón N. Sirvent, Joaquín García Baídos Com: Toni Rumbau, Pep Gómez, Mila Cubero, Albert Tort, Jordi Bertrán, Jesús Atienza, Manel Martí, Pilar Gálvez, Marta Soro, Jordi Ráfols, Carles Codina, Oriol Pont, Carlos López, Jaume Tomillero

Após a projecção do filme seguir-se-á uma conversa com Pedro Nares, realizador e autor do documentário.

“Para mim, a obra maior de Pepe foi a sua existência e o que conseguiu fazer com as pessoas. Ele, ao ser uma pessoa muito generosa e aberta… conseguiu que muita gente passasse pelo seu atelier de marionetas e foi um grande sítio de experimentação artística, um grande laboratório de criação…”. - Jordi Bertran

“A sua grande vocação foi ser marionetista… era um artista também, não era apenas marionetista, era um grande artista no sentido quase renascentista, apesar de isso hoje em dia ser impossível… mas ele era… e praticava, porque desenhava bem, pintava, esculpia, interpretava…”. - Toni Rumbau

Pepe Otal (José Antonio Otal Montesinos, Albacete 1946 - Sardenha 2007).

Um documentário que consiste numa viagem por parte da vida e obra de Pepe Otal, considerado um dos marionetistas espanhóis mais importantes, que desenvolveu toda a sua carreira artística e pedagógica em Barcelona. Foi na sua escola-laboratório que surgiram marionetistas como Jordi Bertran, Luís Fellini, Carles Canyelles, Josep Silvestre, Georgina Castro, Damiano Privitera, Jordi Pinar, Joëlle Nogués, entre muitos outros.

Figura carismática da cena alternativa de Barcelona, Pepe Otal, com a sua longa barba e o seu eterno cachimbo, entregou-se a um modo de viver livre e libertário em todos os aspectos. Os seus espectáculos correspondiam à sua personagem, destacando-se a sua curiosa abominação aos ensaios, a qual sabia justificar muito bem ideologicamente. O seu espaço funcionava como um laboratório, uma escola informal de marionetistas, onde se ensinava a técnica de Tozer, mas onde também se passavam muitas outras coisas. Famosas eram as festas que aqui organizava, onde poetas e marionetistas participavam em longas noites de arte e diversão. A sua escola-laboratório-casa consiste num verdadeiro espelho da sua personalidade, repleta de marionetas, livros, pinturas, cartazes, fotografias…

A infância de Pepe em Albacete, a sua passagem pela escola náutica, a sua aprendizagem com Harry V. Tozer, as suas andanças nos primeiros anos de mudanças políticas em Espanha, com uma clara afinidade anarquista que nunca abandonou, e a criação da sua companhia, Grupo-Taller de Marionetas, instalada inicialmente num espaço ocupado na Barceloneta (Pepe foi um dos primeiro okupas da cidade) e, anos mais tarde, na calle Guardia, em pleno Bairro Chinês, El Raval, de Barcelona. Até que foi surpreendido pela sua amiga, a morte, a 25 de Julho de 2007, na Sardenha, num Festival Internacional de Marionetas, onde sofreu um ataque cardíaco, após ter apresentado o espectáculo La Divina Comedia, com Pep Gómez.

Uma viagem pela vida de Pepe Otal, uma figura única, tão atraente quanto bizarra, uma mistura de artista aventureiro, marinheiro e marionetista, amigo da morte, para quem a marioneta era o seu meio de liberdade.
Filme Pepe Otal_FIMFA Lx12

BIO
Pedro Nares, actor e escritor, já realizou várias curtas-metragens que participaram em diversos festivais de cinema. É autor de três longas-metragens, ainda inéditas. “Pepe Otal, el viaje infinito” é o seu segundo documentário, onde tenta descobrir a verdadeira personalidade de um grande artista, que era também polémico e controverso.

VIDEOS
Trailer
Pepe Otal
LINKS
Grupo-Taller de Marionetas
Presentación de "Pepe Otal, el Viaje Infinito"
Pepe Otal ha muerto
La casa de Pepe
Vida de Titiritero
José Otal, maestro del arte de las marionetas

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